De um lado um cabra de origem humilde, que não cansa de falar dos esforços da mãe (verdureira) para que ele frequentasse a sala de aula.
Do outro um jovem, daqueles nascidos em berço de ouro, mas com a cabeça no lugar e consciente aonde quer chegar.
Os dois são Julio Cezar, prefeito de Palmeira dos Índios, e Renato Rezende Filho, prefeito do Pilar. Eleitos contrariando interesses e a força do sistema político dos respectivos municípios, Julio e Renatinho são dois excelentes exemplos de uma nova safra de políticos comprometidos.
O modelo de gestão do palmeirense, ainda curtindo o primeiro mandato, tem o reconhecimento do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que o escalou para ser o palestrante em todas as edições do Projeto Escola de Contas Conversando com o Gestor, iniciativa do TCE.
O ponto forte na gestão do prefeito de Palmeira dos Índios é a transparência. Nas palestras aos iguais (prefeitos), ele conta como tem vencido as dificuldades e administrado o município em tempos de crise.
“Digo sempre em minhas palestras que é preciso fazer gestão com criatividade e muita transparência. Criamos uma Legislação de Controle Interno, que foi aprovada pela Câmara Municipal, e que é pioneira em Alagoas. Além disso, sempre consultamos o Tribunal de Contas, que nos ajuda no processo do controle interno da nossa gestão”, explica Julio Cezar.
Já o prefeito do Pilarinveste no cuidar das pessoas. Sua primeira ação de governo foi reabrir o hospital da cidade e assistir o primeiro parto com um pilarense nascendo em sua terra natal.
Graças ao trabalho conjunto entre as secretarias, o projeto Plantando o Futuro beneficia 700 famílias, que saíram da linha da pobreza e agora vivem do próprio sustento. No Pilar há vários projetos de inserção social, como o Craque do Futuro, iniciativa criada para tirar os jovens das ruas e colocá-los em praças esportivas.
Com as contas em dia o prefeito decidiu criar o Banco do Povo, projeto pioneiro com recursos próprios, para fomentar o desenvolvimento das pessoas que tem ou que pensam em abrir um pequeno comércio informal.
Para Renato Filho, o Banco do Povo é uma oportunidade para que os pilarenses possam crescer e empreender dentro da própria cidade “Assim, estamos gerando emprego e renda para eles, o que é uma enorme satisfação, enquanto gestor”, diz o prefeito pilarense.
Julio e Renatinho mostram que modelos diferentes fazem a diferença. São propostas distintas que precisam ecoar entre os iguais, para que Alagoas siga plantando novas sementes de um futuro promissor.
Quem já viu prefeito dando lição aos iguais? E quem já viu prefeito plantando o futuro e já colhendo no presente?Muda, Alagoas!