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Segundo sindicato, o Pão Francês é o menos afetado com reajuste; vários fatores desencadearam no aumento

O preço do pão em Alagoas está, em média, 12% mais caro. Pequenos aumentos no valor do produto já vêm sendo registrados há dois meses, no entanto, as recentes altas nos valores de produtos básicos, como o gás de cozinha e energia elétrica, influenciaram para deixar o preço do produto ainda mais salgado. Hoje, o quilo do pão está entre R$ 9 e R$ 11,90 no estado. Há dois meses, estava entre R$ 7 e R$ 10,90.

Alfredo Dacal, presidente do Sindicato da Indústria da Panificação de Alagoas (Sindipan), lamenta a alta e explica os diversos fatores que influenciaram no reajuste, a exemplo do preço da farinha. Segundo ele, o valor do produto-base, a farinha, subiu em torno de 40% nos três últimos meses, sendo o principal motivo para a alta do pão.

“Primeiro, o Brasil não é autossuficiente na produção do trigo, produz em média 40% do que consumimos e, para piorar, este ano o plantio de trigo está atrasado no Sul do País. O segundo fator é que a Argentina, o nosso maior exportador do produto, está segurando o trigo, fazendo especulações na alta do preço do dólar. O terceiro fator é que o trigo que não vem do Mercosul tem que pagar uma taxa de 10% a mais, e isso repercute no valor repassado para a gente”, explicou o presidente do Sindipan.

No entanto, a visualização do produto mais salgado nas prateleiras aconteceu desde a última semana, depois da greve dos caminhoneiros que, por consequência, motivou a alta nos preços de muitos produtos. “O gás, a energia elétrica, a carga tributária alta. Tudo isso fez com que os nossos antigos preços fossem insustentáveis”, revelou.

Segundo sindicato, a indicação é para que o pão francês seja o menos afetado 

FOTO: ARQUIVO/ JORGE SANTOS

“A alta nos preços é terrível pra gente, porque quando o preço do produto aumenta, o consumo diminui. É por esses motivos que as padarias estão virando um centro de negócios. Hoje, para uma padaria se sustentar, tem que vender de tudo. Ela vira uma lanchonete, restaurante, mercearia, bomboniere e até frigorífico”, conta.

Ainda de acordo com o sindicato, o famoso Pão Francês está sendo o menos afetado com a alta nos preços, tendo em vista que ele é o carro-chefe das panificações. “Recomendamos, apenas, que os produtores aumentem o valor de outras massas”, disse Dacal.

Melhor pão do país

Alagoas teve a melhor produção de pão francês em 2016, de acordo com uma pesquisa nacional, realizada durante dois anos, comandada pelo Instituto Tecnológico da Panificação e Confeitaria ( ITPC), a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP) e o Sebrae. 

A análise foi feita de acordo com a norma técnica da ABNT 16170, que determina diretrizes para avaliação da qualidade e classificação do pão francês. Oito critérios foram avaliados, eles envolviam crocância, miolo, aspecto, simetria, sabor entre outros. Durante a pesquisa, o pão francês foi avaliado em diversas padarias de todos os estados do país e os de Alagoas levaram a melhor pontuação. 

O presidente da Sindipan ressalta a importância de adquirir o produto em uma padaria que cumpre as normas de funcionamento, de acordo com a lei. “O consumidor precisa ter muito cuidado, porque muitos produtores acrescentam substâncias químicas para produzirem mais, e motivados por um valor mais baixo muitas pessoas optam por um produto de péssima qualidade. E ainda tem os panificadores que vendem por unidade, estes estão contra a lei”. 

O sindicato comemora a excelente avaliação do produto alagoano. “Isso é o resultado dos contratantes cursos que fazemos com os nossos produtores”, acrescenta. 

 

fonte  Gazetaweb