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A capital do Agreste alagoano perdeu o status de capital nacional do fumo. Ainda assim, Arapiraca é a cidade do Estado que mais exporta folhas, mas de alface, que abastecem os mercados local, de Pernambuco, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Não há motivação para controvérsia sobre a evolução política (no quantitativo) e econômica de Arapiraca, mas a Terra de Manoel André precisa rever seu posicionamento para não perder a importância, como aconteceu com União dos Palmares, que está sem rumo político e econômico.

O caso de Arapiraca é interessante, porque tem um vice-governador e quatro deputados estaduais na ativa. Agora em outubro, com o retorno de Célia Rocha à vida pública, desta vez buscando vaga na Assembleia Legislativa, é possível que haja quatro candidaturas à Câmara Federal, o que seria ótimo para o município e região. Só que a divisão, por interesses, pode colocar Arapiraca na mesma via, sem saída, que ilhou União dos Palmares da política estadual.

O posicionamento míope caminha para tirar Luciano Barbosa do posto de vice-governador para que o MDB reconquiste Arapiraca. Um dos planos para o retorno de Célia é a dobradinha com Luciano. Até aí tudo bem, porque a Arapiraca que elegeu Pereira Lúcio, na década de 60, também elegeu Ceci Cunha e Talvane Albuquerquena década de 90. Em 2010 Célia Rocha chegou lá, mas não aguentou o clima da capital federal e, dois anos depois, deixou Arapiraca sem representante em Brasília.

Em outubro, pelo que se ensaia, Arapiraca pode ter quatro nomes à Câmara Federal: Luciano BarbosaRodrigo CunhaSeverino Pessoa e o empresário Ricardo Barreto. Por mais que insistam, mesmo diante do prestígio político e poderio financeiro, Arapiraca não abraçará Luciano, Rodrigo, Severino e Barreto para federal. Nesta bola dividida tudo pode acontecer, inclusive o mais provável: a derrota do quarteto.

Defesa da opinião
Luciano Barbosa conta com o poder de fogo do Governo do Estado e com o grupo de Célia na dobradinha. Do outro lado o muito silencioso Severino Pessoa (o mudo da ALE) e o empresário Ricardo Barreto têm bala na agulha para acreditarem que Brasília é bem ali. É determinante que eles não duvidem que Arapiraca é grande e muito maior que os quatro juntos. 

Poder e recurso financeiro, três têm (Luciano, Severino e Barreto). Não é possível avaliar se eles e Rodrigo, bem avaliado pela opinião pública, terão coragem de arriscar o mandato e o dinheiro, num voo com previsão de turbulência e pane.  

A verdade é que Arapiraca sem deputado federal é golpe eleitoral.