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A semana em Maceió começou com a Praça Sinimbu servindo, mais uma vez, de assentamento provisório dos movimentos agrários. Para lembrar os 22 anos do massacre em Eldorado dos Carajás, com final trágico e 19 trabalhadores rurais mortos durante confronto com a Polícia Militar, no Sudeste do Pará, centenas de trabalhadores rurais invadiram e ocuparam a sede da Secretaria da Fazenda. Aproveitaram o ato e cobraram do Estado agilidade na desapropriação de terras da massa falida do grupo João Lyra.

Na segurança pública peritos criminais, peritos odontolegistas e médicos legistas decidiram manter apenas 30% do efetivo trabalhando, como forma de pressionar o Governo do Estado com a implantação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e a realização de concurso público.

As associações militares ameaçam aquartelamento, caso a reivindicação de realinhamento salarial não seja atendida.

Vamos aos efeitos:
Os trabalhadores rurais, que em tese deveriam representar mais de 60% dos alagoanos que vivem no campo e do campo, paralisaram o coração financeiro do Governo do Estado.

Peritos e legistas mantendo apenas 30% dos serviços e os militares, responsáveis pela nossa segurança, ameaçando aquartelamento, porque alegam não receber o mesmo tratamento dado aos delegados e policiais civis.

Em nenhum dos casos houve mobilização ou apoio da sociedade, que espera e depende deles para uma alimentação sem agrotóxicos e o cumprimento da lei e da ordem. Pior é não saber de que lado o povo está.

Eleições 
A questão não é tomar partido, é que o povo só sai às ruas na condição de massa de manobra, geralmente organizada por partidos ou movimentos políticos, ligados à força sindical ou contrários a ele.

É nesta linha de inércia que o silêncio dos alagoanos assusta para outubro, quando surge mais uma possibilidade de mudar o que está errado e faz mal ao estado, como um todo.

Todos (movimentos rurais, peritos, legistas e militares) têm o direito reivindicar. São vozes gritando para o próprio umbigo. De casa, é o silêncio e desinteresse das pessoas que continua sem ajudar o Estado se manter de pé.