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Olhos irritados, inchaço nas pálpebras, intolerância à luz e visão turva são alguns dos sintomas que devem ter afetado ao menos 450 maceioenses com conjuntivite que foram atendidos em pelo menos três dos cinco ambulatórios 24 horas da capital só até o dia 21 de fevereiro.

Buscando respostas para o aumento significativo dos casos da doença contagiosa em Maceió, a reportagem do TNH1 fez um levantamento junto ao setor de estatística dos ambulatórios 24 horas de Maceió. A reportagem conseguiu dados das unidades Assis Chateaubriand, Denilma Bulhões e Miguel Fenelon Câmara.

Somente em janeiro, no primeiro ambulatório, situado no bairro do Tabuleiro do Martins, 30 pessoas foram diagnosticadas com a doença. No mês de fevereiro, o número deu um salto e foi para quase 200 casos: uma média de dez pessoas por dia.

Já no Miguel Fenelon Câmara, na Chã da Jaqueira, entre janeiro e fevereiro 128 pessoas foram diagnosticadas com conjuntivite.

Dos três analisados, o ambulatório Denilma Bulhões, no Benedito Bentes, foi o que notificou o menor número de casos, com 92, no período de 1º de janeiro até essa quarta-feira, 21.

Surto: como prevenir

A reportagem procurou o médico oftalmologista Mário Jorge Santos para entender um pouco mais sobre as causas, sintomas e tratamento da conjuntivite. O médico explicou que diante do número de casos é possível afirmar que a cidade de Maceió vive um surto da doença.

“Os casos acontecem de maneira cíclica e com a mudança de temperatura. Esse número de 450 pessoas é subnotificado, uma vez que se você procurar qualquer unidade de saúde da rede privada, essa quantidade vai aumentar com toda a certeza,” ressaltou.

O oftalmologista explica que a adoção de medidas simples como lavar as mãos e não compartilhar objetos pessoais pode evitar o contágio pela doença.

“É uma questão que definimos na medicina como sanitarista. O simples hábito de sempre manter as mãos limpas e bem lavadas pode evitar a forma bacteriana da conjuntivite”, explicou.

Números gerais

Como a conjuntivite não faz parte da Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças do Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde, através de sua assessoria de comunicação, explicou que não possui estatísticas gerais sobre o problema. A Secretaria Estadual também informou que os dados sobre a doença são aqueles informados por cada unidade.

 fonte tnh1