Vou começar este artigo lembrando que está coluna parte de uma opinião pessoal, portanto, não tem a vontade de ofender ninguém. Mas sim, alertar a um grupo de pessoas, que apesar de inúmeras profissões, se destacam por serem “grandes estudiosos políticos” (assim se consideram).
Aprendi desde cedo com minha vó que só devo opinar sobre aquilo que realmente tenho capacidade para tal. Talvez por isso, desenvolvi um senso critico individual que me coordena antes de abrir a boca e explanar sobre qualquer assunto. Dito isto, tenho acompanhado apreensivo algumas pessoas e “posts” feitos em redes sociais. Alguns até criminosos, infringindo a nossa constituição e o nosso código penal com mais de 40 mil leis.
Chegamos a um ponto onde verdades absolutas beiram uma soberania de valores, preceitos e preconceitos que margeiam uma ditadura transvestida de nacionalismo. Quando chegamos ao ponto de mandar excluir a amizade, pautado apenas na orientação de voto para candidato A ou B. Para mim é o ponto fulminante de entendimento do quanto nossa democracia ainda é frágil. Levamos tão ao pé da letra a paixão por certos nomes, que as verdades só servem se forem as nossas.
Quer dizer que não podemos discutir ideias? Quer dizer que podemos então rasgar a nossa constituição cidadã e a partir de agora vamos nos digladiar nas ruas? Vale mesmo lutar por políticos que muitas vezes não nos representam? Acredito que a crise de representatividade se aflorou bastante nesse ultimo ano, e por muitos motivos, as pessoas escolheram “Salvadores” de uma pátria em decadência. Sinceramente só não entendo como podemos imaginar que num governo republicano presidencialista uma unica andorinha possa fazer verão. Não adianta então meu amigo “especialista politico” você votar em A ou B para presidente, se o voto do congresso não mudar. Caiu Collor, Caiu Dilma e cairá muitos outros que não entenderem como funciona o congresso.
Espero que daqui para outubro não se desfaçam todas as amizades por conta de politica. Afinal, passa o período e logo em breve já chega o outro e aí, talvez, você esteja novamente lado a lado com aquele “amigo – inimigo”. Temos que desenvolver um senso coletivo democrático, onde respeitamos a opinião um do outro. Não somos obrigados a defender as mesmas cores ou bandeiras, nem mesmo o ideal partidário. Mas o que não podemos é voltar a pré historia politica de apenas um sistema ser o correto.
