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O assunto do momento no país, entre os políticos, politiqueiros e curiosos é, sem réstia de dúvidas, a intervenção militar no Rio de Janeiro. Opiniões controversas são emanadas nos grupos de WhatsApp, rodas de botequins e por todas as esquinas. Umas elogiam, outras criticam e por aí o tempo vai sendo preenchido por algumas discussões inócuas e até sem sentido.

Alguns a condenam dizendo que o Exército Brasileiro irá cometer uma verdadeira carnificina, denominando a medida como “lei do abate”. Outros apoiam a medida avocando a máxima criada por José Guilherme Godinho, o Sivuca, quando Delegado de Polícia do Rio de Janeiro – “bandido bom é bandido morto”.

Não vejo que o foco das discussões devam ser se vai haver matança ou não, pois o que se tem de concreto é a necessidade de a criminalidade no Rio ter que enfrentar medidas duras e emergenciais para se ter uma luz no fim do túnel da esperança, para que seja contida. As ações criminosas que vêm sendo registradas, para ser sincero, não se limitam ao Rio, mas estão presentes em todo país, sendo um prenúncio de um domínio do tráfico de drogas que precisa ser contido.

Outro ponto real, nos parece, ser esta uma medida que não foi planejada e sim oportunista. O governo Temer, que vinha colocando a aprovação das reformas da previdência como a saída para resolver o caos econômico em que o pais está mergulhado, ciente de sua derrota, encontrou a intervenção como taboa de salvação. Desta forma, como prevê a Constituição Federal, havendo intervenção não é possível alterações na Constituição e assim ele descarta a possibilidade de derrota.

General-de-exército Augusto Heleno

Oportunismo ou não, se pode dizer que a presença do Exército mais uma vez no Rio é uma realidade. Porém, como disse o General-de-exército Augusto Heleno Ribeiro Pereira, curitibano de 70 anos, “essa intervenção tem que dar certo”.

Com a experiência de ter sido o primeiro comandante militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), Heleno afirma ainda que para dar certo o Exército espera que haja uma sustentação jurídica, uma situação operacional que lhe proporcione fazer tudo o que ele é capaz de fazer, que tenha flexibilidade e mobilidade.

O exército não forma militares para ser polícia e sim para o combate em uma guerra. E por acreditar que o pais está vivendo um clima de guerra, a hora não é de criar empecilhos e sim de torcer e corroborar para que haja êxito em mais uma missão conferida ao Exército Brasileiro, pois o pais, em especial o Rio de Janeiro não merece ser vítima dessa escalada de violência.