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Principal patrocinadora da seleção brasileira e suspeita de pagar suborno em contratos com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), a Nike foi citada nesta segunda-feira (27) no escândalo de corrupção da Fifa que está sendo julgado em Nova York, nos Estados Unidos. A informação é do jornalista Ken Bensinger, que acompanha in loco o processo no Tribunal do Brooklyn.

Segundo depoimento de Luis Bedoya, ex-presidente da Federação Colombiana de Futebol, a empresa de material esportivo teria oferecido propinas para fechar contrato com a seleção colombiana em 2010. A proposta teria ocorrido durante uma reunião de Bedoya com um represente da companhia em Buenos Aires, na Argentina. Apesar da suposta tentativa de suborno, os Cafeteros fecharam com a Adidas, principal concorrente da Nike.

Luis Bedoya se declarou culpado em novembro de 2015 e, consequentemente, foi banido do futebol no dia 6 de maio do ano passado pelo Comitê de Ética da Fifa. O colombiano participa do julgamento de Marin, Napout e Burga como delator.

Líder da indústria de material esportivo, a Nike já é investigada pela Justiça dos Estados Unidos pelo contrato com a seleção brasileira avaliado em US$ 160 milhões (R$ 515 milhões). Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, é suspeito de ter dividido com o empresário J. Hawilla, da Traffic, uma propina de US$ 30 milhões (R$ 96 milhões) por terem fechado o acordo recordista em cifras em 1996. Um dos intermediários do negócio foi o então chefe da Nike no Brasil, Sandro Rosell, que anos mais tarde seria o presidente do Barcelona e amigo íntimo de Teixeira.

 

Procurada pela reportagem, a Nike se pronunciou através da porta-voz da empresa, Ilana Finley.

“A Nike acredita fortemente em ética e fair play, tanto nos negócios como no esporte, e repudia fortemente toda e qualquer forma de manipulação ou propina. Nós já estamos cooperando – e seguiremos cooperando – com as autoridades”, ressaltou Finley.

A empresa de material esportivo é uma das companhias norte-americanas que, com o Fifagate, estão sendo examinadas pelas autoridades de regulação do país. Se ficar determinado que a Nike, ou qualquer outra empresa, violou as regras de combate à corrupção nos EUA, as multinacionais podem sofrer multas milionárias. No Brasil, o acordo entre Nike e CBF gerou a abertura de uma CPI há mais de dez anos, que não resultou em qualquer tipo de punição.

 

fonte : r7