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Neilson Costa da Silva, à frente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE, vem enfrentando inúmeros problemas para gerir o órgão, principalmente pela exiguidade de recursos para fazer o que é necessário, como ele deseja.

O empresário Neilson Costa foi para o órgão pensando em administrá-lo como uma empresa, por ser ciente que o Serviço é autossustentável. E isso seria possível se não houvessem ingerências que, pelo que se percebe, está interferindo no bom andamento dos trabalhos.

Neilson tem larga experiência como empresário do setor de alimentos, pois é sócio proprietário do Supermercado Super Giro, empresa em franca expansão.

O SAAE, criado através da lei nº 303 de 22 de janeiro de 1968, conta hoje com aproximadamente 14000 ligações ativas por todo município. A água, captada de mananciais e poços artesianos em vários locais passa por um eficiente sistema de tratamento para oferecer uma água de qualidade aos deodorenses. O Serviço tem tudo para ser referência no setor.

Entretanto, Neilson, pelo que se comenta, apesar de seu empenho e competência administrativa vem até recebendo críticas de parte da população insatisfeita com uma prestação de serviços não muito satisfatória. Além da falta de recursos para desenvolver o órgão, ele enfrenta problemas internos com a gestão do município. É possível que parte desses problemas resida em função de sua seriedade para enfrentar os desafios da função.

Um dos imbróglios, segundo comentários, pode ser a não liberação das obras de esgotamento do Conjunto Habitacional Maria Gislene Matheus e do Residencial Eric Ferraz.

No laudo realizado por técnicos do SAAE no Gislene Matheus, já encaminhado inclusive ao Promotor de Justiça de Marechal Deodoro, Sílvio Azevedo Sampaio, foram apontadas várias falhas de execução da obra pela CITE – Consultoria e Construções LTDA. São problemas na rede, poços e captação, que dificultam o abastecimento de água nas residências.

O SAAE explica que está impossibilitado de realizar a ligação da rede de água, por não haver vazão suficiente de água nos dois poços existentes, além de inadequação no sistema de esgotamento. Pelas falhas de projeto e de execução, vários PVs (poços de visita) já se encontram entupidos.

Por outro lado, no Residencial Eric Ferraz, localizado no bairro da Poeira, o problema para o recebimento da obra pelo SAAE reside, entre outros, também na falha de projeto da rede de esgotos. O tratamento existe, mas pelo que podemos colher, o lançamento dos dejetos está sendo feito em uma rede velha no Bairro da Poeira e que está parcialmente danificada, o que torna a operação inviável. O órgão sugeriu à Arquitec uma ligação independente para a Lagoa Manguaba, mas não foi atendido ainda e, portanto, a obra não foi recebida oficialmente apesar das unidades (280) terem sido entregues. A Promotoria também já foi cientificada dos problemas.