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A MAIS DESVALORIZADA DAS PROFISSÕES

Apesar de o salário dos professores da educação básica no Brasil ter registrado, na década passada, ganhos acima da média dos profissionais com nível superior, o magistério continua a ser a carreira de pior remuneração no país. Segundo o IBGE, a renda média de um docente do ensino fundamental equivalia, em 2000, a 47% do que ganhavam os demais trabalhadores também com nível superior, subindo para 59% quinze anos após.

Salários baixos não atraem pessoas qualificadas e, em consequência, a manutenção de sistemas de educação se torna de baixo nível.

A educação deve ser encarada pelos governantes como base para o crescimento econômico, a exemplo do que observamos na Coreia do Sul, apontada pelo Fórum Econômico Mundial como uma das economias mais dinâmicas do mundo que atribui a valorização da Educação como um dos fatores que transformaram uma sociedade rural em uma das mais inovadoras no século 21.

Na Coreia do Sul, os salários médios de professores são 121% superiores à média nacional, enquanto na maioria dos países desenvolvidos os salários ficam apenas em 17% superior ao próprio salário médio.

A atual desvalorização do magistério no Brasil pode dever-se principalmente por um descaso histórico do País com a Educação, que somente a partir da Constituição Federal de 1988 passou a ser tratada como um direito, e que foi complementada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996. De lá para cá, a remuneração vem melhorando, mas a passos lentos. Posteriormente foi criado o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), depois convertido no Fundo de Desenvolvimento Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Não só o salário que pesa para um bom sistema educacional. Para a valorização da Educação é preciso garantir planos de carreira melhores, formação inicial (universidades) e continuada (no dia a dia do trabalho) adequadas, condições de ensino e infraestrutura nas escolas para que os profissionais do magistério possam fazer um bom trabalho em sala de aula.

Vale lembrar que também é preciso contar com a participação da família, da comunidade e dos gestores para que o professor possa ter sua devida valorização, mesmo tendo consciência que o professor é quem mais impacta o aprendizado dos alunos.

O professor é absolutamente necessário para apoiar o desenvolvimento intelectual das crianças e dos jovens, especialmente para a formação de pessoas capazes de resolver os problemas mais complexos da atualidade, favorecendo as possibilidades de inovação e justiça social.

Essa imprescindível valorização, na maioria das vezes não se concretiza pela má gestão pública, que não imprime na carreira docente a devida prioridade; além disso existe ainda a necessidade de o professor ter que dar aulas em mais de uma escola e enfrentar péssimas condições de trabalho nas escolas.

É bom lembrar que médicos, engenheiros, arquitetos, analistas de sistemas, físicos, e também todos os políticos, entre outros, só chegaram onde estão graças ao “professorzinho” que lhes deu os primeiros passos para o desenvolvimento intelectual.

Parabéns PROFESSORES!

Apesar de considerar que todos os dias nas salas de aula são os seus, hoje é especial. Hoje é o DIA DO PROFESSOR.