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Há algum tempo fiz uma breve reflexão sobre minha vida e meu caráter. Na ocasião afirmei, sem falsa demagogia, que ao longo de minha vida, pautada em conceitos militares positivos, legado de meu pai e sob influência de meu ex-sogro, busquei imprimir seriedade em tudo que fiz e tudo conduzir com honestidade.

Mesmo assim muitos me julgam como um leviano, talvez pela forma aparente de levar a vida brincando e fazendo galhofa das coisas e dos amigos próximos. Mas nos assuntos que dizem respeito ao trato da coisa pública, sempre agi com muito respeito e seriedade, pois aí estamos tratando do que é afeto aos nossos conterrâneos, das mais variadas classes sociais e com suas diferentes situações culturais.

Por este motivo nunca faço pilherias ao tratar da forma como agem aqueles que nós escolhemos e elegemos como nossos representantes para tratar do nosso dinheiro. Dinheiro este ganho com muito sacrifício e suor e entregue graciosamente para que seja utilizado para o bem de nossos irmãos, de todos nós.

Cheguei a participar diretamente do processo eletivo e hoje agradeço não ter logrado êxito. Se eleito, pouco poderia ter feito e só iria conseguir muitas inimizades por querer as coisas da forma que julgo acertadas e probas e estaria remando contra a maré; e dando murros em pontas de facas não chegaria a lugar nenhum.

Hoje, com as chuteiras penduradas, restou apenas a frustração por não vislumbrar mudança alguma na política e no modo de encará-la por grande parte da população. Percebemos que continuamos com uma leva de alienados políticos que estão mais preocupados nas onças e garoupa que poderão auferir das mais diversas formas.

Me sinto desiludido em perceber que, mesmo continuando na luta para ver florescer uma mentalidade política mais próxima de homens de conduta ilibada e bem longe dos alcunhados de corruptos, trapaceiros e enganadores, não consegui sequer engrossar as fileiras dos formadores de opinião com propósitos bem direcionados.

O difícil é distinguir quem tenha hoje maior identidade com os desonestos, se políticos ou eleitores. Sem hipocrisia de minha parte, definir o corrupto hoje fica difícil, principalmente se ao pedir o voto para algum postulante, o que se ouve com frequência é a fatídica indagação: quanto o candidato está pagando? Nada mudou!