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Equipes federais não participaram das últimas grandes ações de combate ao crime organizado

Última atuação. Soldados na Favela de Manguinhos: militares desde o último dia 21 – Domingos Peixoto / Agência O Globo

Por falta de dinheiro, as tropas federais que vieram para o Rio de Janeiro não participaram das últimas grandes operações de combate ao crime organizado, entre elas a que cumpriu, na quarta-feira, cerca de 50 mandados de prisão em Campos, no Norte Fluminense. Em nota, a seção de comunicação social do Comando Militar do Leste confirmou nesta sexta-feira a suspensão das atividades de seu efetivo no Rio: “O Estado-Maior Conjunto, composto por representantes das três Forças Armadas e de órgãos de segurança pública federais e estaduais, permanece em condições de realizar o planejamento e a coordenação de ações integradas mediante solicitação da Secretaria de Estado de Segurança, e aguarda provimento de recursos orçamentários para o desencadeamento de novas operações”.

Um oficial de alto escalão afirmou que, das quatro megaoperações realizadas desde o dia 28 de julho, quando foi lançado no Rio o chamado Plano Nacional de Segurança, “duas não tiveram seus gastos quitados”. “Os recursos saíram das próprias Forças Armadas”, completou a fonte.

Ao ser procurado para comentar o assunto, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, negou que haja dificuldades orçamentárias para manter a atuação das tropas no estado. No entanto, ele disse que, “enquanto não chegam recursos da União”, sua pasta vem fazendo “remanejamentos no próprio orçamento para bancar os gastos”. 

O problema será solucionado, segundo Jugmann, com a medida provisória que, no início deste mês, liberou R$ 47 milhões para as Forças Armadas. Porém o dinheiro ainda não saiu – o ministro argumentou que a demora se deve a questões burocráticas. Ainda de acordo com ele, o atraso no repasse dos recursos para o Plano Nacional de Segurança não atrapalha as ações dos militares no Rio.

Segundo autoridades da área de segurança pública, durante reuniões no Centro Integrado de Comando e Controle do Estado do Rio, há dificuldade para o planejamento de megaoperações devido à escassez de dinheiro.

– As polícias Militar e Civil fazem operações com 200, 300 homens. Mas uma operação das Forças Armadas mobiliza até 3 mil soldados, além de muitos veículos de guerra, inclusive tanques. Não é algo barato – justificou uma autoridade.

“Enquanto as polícias Civil e Militar atuavam nas comunidades, cumprindo mandados, as Forças Armadas ficavam responsáveis pelo cerco no entorno das áreas, garantindo a ordem sem que nenhum distúrbio tenha sido registrado nas grandes operações”, diz um trecho da nota da secretaria, que encerra o comunicado afirmando que o trabalho em conjunto com a Força Nacional, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal continua.

Fonte: https://oglobo.globo.com