Historicamente o PMDB é um partido de consenso e costuma colocar panos quentes quando a situação aparenta não ter solução. O novo líder afirmou que “o PMDB é um partido congressual por natureza e que neste momento é importante que a bancada no Senado seja unida, forte e eficiente”.
A partir de agora, enquanto a presidência do partido tenta apagar o fogo amigo de um lado e esquentar as chamas contra o presidente Temer do outro, surge um verdadeiro bloco de oposicionistas de dentro da própria legenda, entre eles destacam-se os senadores Kátia Abreu, Eduardo Braga, Hélio José, Edison Lobão e João Alberto.
Saída pela esquerda
O senador Renan Calheiros anunciou no plenário do Senado, na última quarta-feira (28), sua saída da liderança do PMDB e, na oportunidade, aproveitou para fazer críticas ao governo. O senador alagoano afirmou que “não irá ceder a Michel Temer” e que o presidente tem “postura covarde” diante dos direitos trabalhistas.
E mais: “Deixo a liderança do PMDB. Não seria jamais líder de papel, nem lideraria o PMDB contra trabalhadores e aposentados. Estou me libertando de uma âncora pesada e injusta. Permanecer na função seria ceder a um governo que trata o partido como um departamento do Poder Executivo e optou por massacrar os trabalhadores”, disse Renan.
Já sobre a estratégia de Renan, todo mundo sabe. O que vale é a conveniência.