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A tão propalada Lei da Ficha Limpa, que define o cidadão apto a se candidatar apenas aqueles que não tenham sido condenado por sentença judicial transitada em julgado está sendo ridicularizada.

Mais de dois milhões de brasileiros pediram a limpeza no meio político, que resultou numa lei que, apesar do tempo em vigor, parece suscitar dúvidas entre os entendimentos do meio jurídico. Por interesses obscuros ou não, numa democracia tão frágil como a nossa em que um voto é comprado com uma simples refeição ou cesta básica, nos permite divagar que mais uma vez de nada valeu.

Para que sejam expurgados os sujos e imundos da política não me parece ser necessário mais uma lei. É sim, imperioso a cobrança popular no dia-a-dia de cada cidadão. Cobrança esta feita com intensidade e participação maciça da população, eleitores ou não, que só pode resultar em maior eficácia da justiça com punição para quem merece ser punido. Para os ladrões de galinha que praticam o ilícito para suprir a fome de seus familiares não há necessidade de rigor, mas para quem engana um país e tira desse mesmo cidadão a chance de viver com dignidade, a lei deve ser pesada, rigorosa, eficiente e, acima de tudo aplicada.

Dizer que a política nacional se tornou uma matilha é ofender abusivamente nossos cães, leais e companheiros. Na nossa política habita definitivamente um bando de chacais querendo abocanhar o maior quinhão que não lhe cabe. Por isso, junto a aliados no judiciário, querem amarrar os braços da moralidade, deixar intransitáveis os caminhos da punidade embaçando assim os olhos da Justiça.

Aquele que desvia recursos que seriam destinados à saúde, à segurança, à educação são mais que um simples criminoso. Esses cometem um crime hediondo que leva milhares de pessoas à morte, à desagregação familiar e ao submundo das drogas. Não estabelecer um freio para os crimes de agora é perpetuar os criminosos no poder para, com suas cuecas infláveis, meias flácidas e bolsas elásticas, continuarem burlando os eleitores, desviando os recursos de obras e serviços essenciais, comprando decisões, subornando promotores, procuradores, ministros e até juízes para encobrirem suas ações nefastas.

E tudo isso só nos faz deduzir que no Brasil o crime compensa e recompensa, quando permeia o emaranhado da sujeira do poder.