Segundo pronunciamento da NASA, em todos os planetas há condições para abrigar vida
Uma equipe internacional de astrônomos descobriu um novo sistema solar com sete planetas do tamanho da Terra. Está a cerca de 40 anos luz de nós, orbitando em torno de uma estrela anã e fria, de um tipo de astro conhecido como “anões vermelhos”. Na Via Láctea, este tipo de astro é muito mais abundante que as estrelas como o Sol e, recentemente, se tornaram o lugar preferido pelos astrônomos para procurar planetas semelhantes à Terra onde possa ser encontrada vida, segundo explicaram os cientistas da NASA, durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira. “A questão agora não é se encontraremos um planeta como a Terra, mas quando”, disseram.
O novo sistema solar orbita em torno da estrela Trappist-1, um astro do tamanho de Júpiter encontrado na constelação de Aquário. No ano passado, uma equipe internacional de astrônomos achou três planetas orbitando este astro, com tão somente 8% da massa do Sol. Em um novo estudo publicado hoje na revista Nature, a mesma equipe confirma a existência desses três planetas e anuncia outros quatro. Todos os sete planetas têm o tamanho similar ao da Terra, mas estão muito mais próximos à sua estrela, o que permitiria que abrigassem água líquida, condição essencial para a vida, segundo um comunicado oficial do Observatório Europeu do Sul (ESO).
“Esse planeta, coberto por gelo, é o menor dos que foram descobertos com lente gravitacional”, conta o cientista do Laboratório de Propulsão a Jacto de Pasadena, estado da Califórnia, Yossi Shvartzvald, falando sobre os detalhes da descoberta.
Os cientistas da NASA indicam: “Provavelmente, o planeta é demasiado frio para existir vida semelhante à nossa, pois sua estrela é muito fraca.”
O planeta em questão, batizado de OGLE-2016-BLG-1195Lb, foi encontrado no âmbito da pesquisa com lente gravitacional (Optical Gravitational Lensing Experiment, OGLE), realizada na Universidade de Varsóvia, Polônia. Além disso, os cientistas usaram a rede de telescópios sul-coreana KMTNet e o telescópio espacial norte-americano Spitzer.