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Imagem ilustrativa: “Angústia” de David Alfaro Siqueiros

Nas proximidades de mais um pleito eleitoral (2018), onde precisaremos escolher dentre os inúmeros candidatos aqueles que irão gerir nossos recursos e decidirão acerca do nosso futuro, nos deparamos com as mais variadas personalidades. Nos pleitos municipais a escolha parece ser mais clara ou simples, o que não invalida a escolha correta a nível de país.

São difíceis escolhas, se pretendermos ser politizados e coerentes com nossos princípios. A oferta vem recheada de candidatos bons, maus, honestos, corruptos, alguns bem-intencionados e outros nem tanto. E assim, estaremos questionando nossos próprios valores, ou ao menos deveríamos fazê-lo.

Vive-se um momento no Brasil em que o mundo político nos parece sem alternativas, diante de tantos (maus) exemplos sobre a diversidade de caráteres, da escassez de modelos de comportamento e de honestidade.

Este prisma nos sugere um questionamento: o que torna uma pessoa má, e o que faz com que ela se desvie dos padrões morais direcionados pela sociedade?

Alguns estudos científicos buscaram respostas para essa nossa indagação.

Vários ambientes, onde imperam as “prostituições de almas” e as “barbáries humanas” (ou sub-humanas) parecem ser, segundo os estudos realizados, o fator que faz com que pessoas comuns cruzem a fronteira entre o bem e o mal, tornando-as capazes de atrocidades semelhantes àquelas ali convividas. O que se pode deduzir diante dos estudos realizados é que ambientes ou situações hostis, tendem a elastecer os limites morais de um cidadão.

Esta constatação pode ainda representar, na realidade, um dos princípios que possibilita a vida em sociedade: a renúncia a alguns “benefícios” individuais em nome do “bem-estar” coletivo.

Portanto, a escolha de um candidato nos coloca hoje em dia numa situação bem mais difícil do que pode aparentar. A corrupção de uns e a omissão de outros levam cidadãos de bem a se retrair e, em assim agindo, permitem que a geração de políticos, onde a honestidade passa a ser o maior valor de um candidato, se prolifere.

A honestidade vem galgando, desta forma, um patamar maior até que os projetos e crenças do candidato, quando o correto seria ser uma obrigação ou mesmo uma condição inerente ao ser humano. E nos parece ser a “qualidade” buscada no candidato que virá a ser o nosso escolhido. Teremos tempo para escolher.

(Texto baseado nos Experimentos em Psicologia – Phil Zimbardo e o efeito Lúcifer)